quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A tal da Felicidade...




Quando o presente me alegra,
lembro do passado como a pior coisa do mundo.
Só me vem a cabeça os maus momentos,
não parece ter existido momentos felizes.

Passado negro, purgatório necessário para fazer do presente
o que ele é hoje, um campo limpo e gramado.

Quando o presente me entristece,
lembro do passado como uma felicidade que nunca vai voltar a acontecer.
Um parâmetro de felicidade que serve de exemplo pra tudo que pode melhorar.

Lembro do cheiro dos lugares, das pessoas,
do sorriso inocente, dos momentos de euforia.
Das coisas bobas que nos faziam muito felizes.

E agora percebo como nada nunca nos satisfaz,
Se temos sol, queremos chuva, se conseguimos a chuva,
nos alegramos momentaneamente e logo em seguida aquilo já não nos basta.

Estamos sempre em busca de algo que não encontramos.
Talvez a busca pelo que não temos nos faz lutar para conseguir...
O valor da conquista se torna tão vazio depois que conquistamos.

Na busca pelo próximo desafio nos distraímos
e não conseguimos ver que a felicidade aparece em pedaços bem pequenos ao longo dessa jornada...
e quando percebemos ela já passou....

Nos resta aguardar por esses momentos
Continuo a correr.

O Porto.






Feeling a little like that....


O Porto (Agridoce)

Se é manhã tão clara
Clamo por escuridão
Se tenho um disco voador
Sinto falta dos pés no chão

Desejo sempre o avesso
Almejo a próxima saga
Antes o tropeço que impulsiona
Do que a mão que só afaga

Anseio de ir sempre além
Vontade de nunca parar
Jamais porto tão sedutor
A ponto de me fazer ancorar

Não uso as conquistas do hoje
De olho nas que ainda serão
Uns chamam de desperdício
Outros de saudável ambição

Anseio de ir sempre além
Vontade de nunca parar
Jamais porto tão sedutor
A ponto de me fazer ancorar

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Rebirth


Clima de recomeço,
Me sinto renovado e pronto pra enfrentar mais uma vida de provações e novas aventuras.
Parece que tirei todo um peso de minhas costas.

Vivia em busca de ajudar o próximo e passei um longo tempo esquecendo de mim mesmo.
Sem se importar se eu gostava ou não... ajudar o outro foi sempre prioridade pra mim.

Não conseguia me reconhecer no espelho, me sentia invisível.
Nunca achei que estivesse errado... fazer o bem e servir, sempre estiveram em minha vida sem eu nem mesmo perceber.
Me anulava em função da felicidade alheia e nem percebia isso.

Sempre gostei de ajudar, mas nunca quis receber ajuda... Sabia que minha ajuda era sincera, mas desconfiava da ajuda dos outros.

Agora consigo ver com mais clareza e devo mil desculpas a mim mesmo.
Nossa, como me maltratei, como não conseguia ver.

Quero esquecer toda a pena e auto-flagelação a que me submeti.
Quero viver pra mim, me perceber.
Respeitar a mim e ao meu corpo.

Aquela felicidade que não cabe mais em mim e o frio na barriga.
Quero descobrir o amor e deixar ele tomar conta de mim.
Bem vindo 2012!!!!